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Um viva à amamentação!

  • Larissa Queiroz
  • 4 de ago. de 2015
  • 3 min de leitura

Estamos comemorando a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2015 e sim, temos muito o que celebrar! Como o parto, a amamentação é também um evento fisiológico e natural que pode ser vivenciado por todas as mulheres.

Muitos mitos se criaram em torno do ato de amamentar. Assim como para parir precisamos lutar, para amamentar nossos filhos também. Vou enumerar algumas das várias barreiras que são postas no nosso caminho quando o bebê nasce:

1) Às vezes, por causa de uma cesariana mal indicada, nosso corpo não entende muito bem que ele precisa estar preparado para alimentar um novo bebê. O leite demora a descer, a mãe se sente fracassada, fica triste, não recebe apoio e o pediatra indica a compra do leite artificial.

2) O bebê tem apenas 15 dias e o pediatra “acha” que ele não está engordando. A mãe fica aflita, não recebe apoio e aceita a indicação do leite artificial.

3) A vizinha, a sogra, a tia, a mãe ou a dona da quitanda diz que o certo é amamentar de 3h em 3h. Se o bebê chora muito, é porque o leite não é suficiente e ele precisa de complemento, o leite artificial.

Quem já não passou ou conhece alguma mulher que já viveu alguma dessas situações? Elas são muito comuns, porém completamente errôneas. Com as informações adequadas podemos driblar essas pegadinhas. Então vamos entender melhor?

– O que o parto normal tem a ver com a amamentação > quando a mulher entra em trabalho de parto, o cérebro libera um hormônio chamado ocitocina que é responsável pela apojadura, ou seja, a primeira descida do leite. Em cesáreas eletivas, ou seja, pré-marcadas, o leite pode demorar de 4 a 5 dias para descer e o bebê pode entrar em hipoglicemia, devido ao colostro não ser suficiente. Uma outra questão são os medicamentos sedativos que são dados às parturientes, fazendo com que fiquem afastadas dos recém-nascidos às vezes por mais de 12 horas. A separação mãe-bebê logo após o nascimento, considerando os hospitais em que os recém-nascidos ficam em berçários, pode induzir ao consumo de fórmula infantil, desprezando o poderoso colostro que toda parturiente tem em suas mamas, onde encontramos toda a imunidade que o bebê para sobreviver aqui fora. Além disso, as dores da cicatriz cirúrgica impedem que a mulher cuide do seu filho sozinha, requerendo um acompanhante em tempo integral, o que muitas vezes não é permitido nas maternidades ou nem sempre as famílias têm essa disponibilidade.

– Porque o pediatra “acha” que bebê que mama no peito não ganha peso > a maioria dos pediatra utilizam curvas de crescimento para analisar o peso dos bebês, baseadas em medidas de crianças que são alimentadas por fórmulas, ou seja, leite artificial. As crianças, assim como os adultos, não são iguais em peso e tamanho. Uns são mais pesados, outros nem tanto. É muito duvidoso confiar nessas tabelas porque elas não levam em consideração as particularidades do biotipo de cada criança. Então, antes de pensar que o seu bebê não está engordando muito porque ele só mama no peito, analise outros aspectos de desenvolvimento, como a evolução da coordenação motora, se ele tem bons períodos de sono e faz xixi e cocô normalmente. Mas se ainda assim você gosta de gráficos e linhas, acompanhe essas tabelas atualizadas levando em consideração o aleitamento materno:

– Porque NÃO amamentar SÓ de 3h em 3h > o leite materno, diferente do leite artificial, digere com muita facilidade. Logo, se o bebê acabou de mamar e faz cocô, por exemplo, seria normal ele sentir vontade de mamar novamente. E tudo bem! O leite materno não tem nenhuma contra indicação. Deixá-lo esperando por 3h causará desconforto abdominal, a famosa cólica e com certeza, virá muito choro pela frente. Outra razão importante de oferecer o peito sempre que o bebê demonstrar interesse é pela questão afetiva. A amamentação não serve apenas para alimentar o corpo, mas também a alma. É uma forma muito aconchegante do bebê pedir o “colinho de mãe” e se sentir seguro e acolhido. Por isso a amamentação em livre demanda é tão importante.

Amamentar pode ser uma tarefa difícil, pois exige tempo, dedicação e entendimento do seu corpo e do seu bebê. Mas essa jornada é emocionante e muito valiosa para a saúde e desenvolvimento dos dois envolvidos. Se sentir dificuldades para amamentar, procure uma doula ou uma consultora em amamentação. Toda ajuda é bem-vinda!

Um viva à amamentação! <3

 
 
 

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